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segunda-feira, 24 de março de 2014

Resolução 70/2010 - Competências do Professor PEB - II

Vamos relembrar um pouco da Resolução 70/2010? Publicada para dispor sobre os perfis profissionais, competências e habilidades requeridos dos educadores da rede pública estadual. Após leitura, faremos uma reflexão, fique atento para os tópicos tratados, vamos tentar não fugir ao tema, interaja com seus pares, lendo, comentado e acrescentando ideias. O objetivo desse espaço é formativo e também estabelecer uma discussão por meio de um fórum virtual. Vamos lá!


Competências do Professor PEB - II


1. Compreender o processo de sociabilidade e de ensino e aprendizagem na escola e nas suas relações com o contexto no qual se inserem as instituições de ensino e atuar sobre ele.
2. Situar a escola pública no seu ambiente institucional e explicar as relações (hierarquias, articulações, obrigatoriedade, autonomia) que ela mantém com as diferentes instâncias da gestão pública, utilizando conceitos tais como:
* sistema de ensino; sistema de ensino estadual e municipal;
* âmbitos da gestão das políticas educacionais - nacional, estadual e municipal, MEC, Secretarias Estaduais e Municipais, Conselho Nacional de Educação, Conselhos Estaduais de Educação;
3. Reconhecer a importância de participação coletiva e cooperativa na elaboração, gestão, desenvolvimento e avaliação da Proposta Pedagógica e curricular da escola, identificando formas positivas de atuação em diferentes contextos da prática profissional, além da sala de aula.
4. Compreender a natureza dos fatores socioeconômicos que afetam o desempenho do aluno na escola e identificar ações para trabalhar com esses impactos externos, seja para aproveitá-los como enriquecimento dos conteúdos curriculares seja para atenuar eventuais efeitos negativos.
5. Compreender o significado e a importância do currículo para garantir que todos os alunos façam um percurso básico comum e aprendam as competências e habilidades que têm o direito de aprender.
6. Diante de informações gerais sobre a escola, a idade da turma, a etapa (Fundamental ou Médio) e o ano/série, bem como sobre ogs recursos pedagógicos existentes e outras condições pertinentes da escola, propor sequências didáticas de sua disciplina, nas quais sejam explicitadas e explicadas o que o aluno deverá aprender com a situação proposta:
* o conteúdo a ser aprendido e as competências e habilidades a ele associados;
* as estratégias a serem adotadas;
* os materiais e recursos de apoio à aprendizagem;
* as formas de agrupamento dos alunos nas atividades previstas;
* as atividades de professor e aluno distribuídas no tempo, de modo a ficar claro o percurso a ser realizado para que a aprendizagem aconteça;
* o tipo de acompanhamento que o professor deve fazer ao longo do percurso; * as estratégias de avaliação e as possíveis estratégias de recuperação na hipótese de dificuldades de aprendizagem.
7. Demonstrar domínio de conceitos que envolvem as questões sobre violência na escola e no seu entorno, de bullying e de indisciplina geral.
8. Incentivar o desenvolvimento do espírito crítico dos alunos e de toda a comunidade escolar, preparando-os para enfrentar os conflitos sociais, as desigualdades, o racismo, o preconceito e à questão ambiental.
9. Compreender os mecanismos institucionais de monitoramento de desempenho acadêmico dos alunos, ao longo de sua trajetória escolar, tais como:
* organização em ciclos;
* progressão continuada;
* recuperação da aprendizagem conforme organizado no sistema de ensino público do Estado de São Paulo.
10. Demonstrar domínio de processos de ação e investigação que possibilitem o aperfeiçoamento da prática pedagógica.

Habilidades do professor PEB-II


1. Identificar as novas demandas que a sociedade do conhecimento está colocando para a educação escolar.
2. Identificar, dada uma situação problema, formas de atuação docente, possíveis de serem implementadas, considerando o contexto das políticas de currículo da Secretaria de Estado da Educação de São Paulo, nas dimensões sala de aula e escola.
3. Identificar a composição, os papéis e funções da equipe de uma escola e as normas que devem reger as relações entre os profissionais que nela trabalham.
4. Reconhecer principais leis e normas que regulamentam a profissão de professor, sendo capaz de identificar as incumbências do professor, tal como prescritas pelo Art. 13 da LDB, em situações concretas que lhe são apresentadas.
5. Diante de um problema de uma escola caracterizada, indicar os aspectos que devem ser discutidos e trabalhados coletivamente pela equipe escolar, segundo a legislação.
6. Identificar os diferentes componentes da Proposta Pedagógica.
7. Identificar práticas educativas que levem em conta as características dos alunos e de seu meio social, seus temas e necessidades do mundo contemporâneo e os princípios, prioridades e objetivos da Proposta Pedagógica.
8. Compreender as fases de desenvolvimento da criança e do jovem e associar e explicar como a escola e o professor devem agir para adequar o ensino e promover a aprendizagem em cada uma dessas etapas.
9. Identificar e justificar a importância dos organizadores de situações de aprendizagem (competências e habilidades que os alunos deverão constituir; conteúdos curriculares selecionados; atividades do aluno e do professor; avaliação e recuperação).
10. Reconhecer estratégias para gerenciar o tempo em sala de aula, nas seguintes situações, considerando a diversidade dos alunos, os objetivos das atividades propostas e as características dos próprios conteúdos:
* Existência de alunos que aprendem mais depressa e alunos mais lentos;
* Tempo para dar conta do conteúdo previsto no plano de trabalho (anual, bimestral, semanal);
* Sugerir e explicar formas de agrupamento dos alunos, indicando as situações para as quais são adequadas.
11. Utilizar estratégias e instrumentos diversificados de avaliação da aprendizagem e, a partir de seus resultados, reconhecer propostas de intervenção pedagógica, considerando o desenvolvimento de diferentes capacidades dos alunos;
12. Compreender o significado das avaliações externas – nacionais e internacionais – que vêm sendo aplicadas no Brasil e reconhecer alcances e limites do uso dos resultados que o país vem apresentando nessas avaliações na última década.
13. Identificar as principais características do SARESP após suas modificações de 2007.
14. Interpretar adequadamente o IDEB e o IDESP – como se constroem, para que servem, o que significam para a educação escolar brasileira e paulista.
15. Diante de situações-problema relativas às relações interpessoais que ocorrem na escola, identificar a origem do problema e as possíveis soluções.
16. Identificar os diferentes componentes que organizam os planos de ensino dos professores, nas diferentes disciplinas.
17. Identificar estratégias preventivas e precauções que serão utilizadas no âmbito da escola e nos planos de cada professor, em relação aos temas de violência na escola e no entorno dela.
18. Reconhecer a existência de diferentes formas de violência: simbólica, física e psicológica.
19. Caracterizar as diferentes modalidades de recuperação da aprendizagem e seus objetivos específicos.
20. Identificar as principais características do regime de progressão continuada e as vantagens apresentadas na legislação, que institui a organização escolar em ciclos, do sistema de ensino público do Estado de São Paulo.
21. Identificar o espaço de trabalho coletivo – ATPC, como espaço de enriquecimento da prática docente e de participação em ações de formação continuada.



Agora é a sua vez!

Após ler esse recorte da Resolução, faça uma autoavaliação elencando as competências e habilidades desenvolvidas em "nosso" cotidiano.
Para responder, clique em Comentários. 


Bibliografia: Resolução 70/2010 - Recorte do Diário Oficial - Prof Domingos

8 comentários:

  1. Por competências, o escritor e pesquisador Philipe Perrenou (2000) salienta as dez competências necessárias ao docente em seu ofício as quais são: organizar e dirigir situações de aprendizagem; administrar a progressão das aprendizagens; conceber e fazer evoluir os dispositivos de diferenciação; envolver os alunos em suas aprendizagens e em seu trabalho; trabalhar em equipe; participar da administração da escola; informar e envolver os pais; utilizar novas tecnologias; enfrentar os deveres e os dilemas éticos da profissão e administrar a sua própria formação contínua. Perrenou (Ibdem) também questiona se estamos a caminho de uma nova profissão, ou como salienta Miguel Arroyo (2002), se estamos a caminho de um ofício que como ele mesmo diz, o vocábulo ofício nos "remete a artífice, remete a um fazer qualificado, profissional" (Arroyo, 2002). Reler a resolução acima nos leva a refletir sobre a competência do que é ser professor em seu ofício diário. Quando paramos para olhar a nossa própria profissão de mestres, devemos refletir sobre o conceito sacerdotal do que é ser professor, docente, mestre ou tutor e devemos dar ao termo um viés mais profissional, principalmente em se tratando de escola laica em uma democracia representativa. Ao olharmos o conceito de magistério, do latim magister e ao atrelarmos as competências ao ofício do mestre no seu dia a dia, profissionalizamos a profissão e quando profissionalizamos este ofício docente, também torna-se necessário otimizar, profissionalizar a prática discente. Mas como? Como salientou Perrenou, através de uma de suas competências, garantindo ao aluno e aluna o envolvimento pleno dos pupilos em suas próprias aprendizagens e em seu próprio trabalho.... neste cerne está a presença do professor como mediador de conhecimentos, como protagonista de um novo tipo de "maiêutica socrática" onde o discente perceba que o conhecimento não é algo estanque ou algo pronto e dogmatizado. Adicionando alguma nova reflexão, no contexto das habilidades, o professor deve entender que a promoção da aprendizagem depende muito do gerenciamento do tempo em sala de aula... interessante como em minhas práticas de magistério tenho trabalhado com a reescrita de textos com meus alunos e alunas... e tenho conseguido bons resultados neste começo de ano acadêmico - não seria uma competência que está otimizando novas habilidades na minha prática docente e na metacognição do aprendiz?
    Obrigado e abraços....

    Cristiano Lima
    Professor/Tradutor

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  2. Percebe-se que o papel do professor é múltiplo, ele precisa estar preparado para trabalhar com vários tipos de alunos e enfrentar diversos obstáculos para conseguir fazer com que os alunos desenvolvam as atividades.
    Contudo ele precisa trabalhar bem as competências e as habilidades que ele adquire, seja na universidade, em cursos complementares ou até no dia a dia, isso depende muito da sua força de vontade.
    Outros fatores importantes que ajudam ou até atrapalham o professor é a forma como ele vai desenvolver suas habilidades dentro da sala de aula, a melhor forma para se dar bem, é estar sempre se atualizando ou melhor caminhando com os alunos e com as transformações do cotidiano que sempre estão em mudanças.

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  3. O trabalho docente é uma atividade que precisa a todo momento ser refletida e repensada, tanto dentro da sala de aula como fora dela. Pois, as situações que ocorrem no espaço escolar precisam ser administradas pelo professor de forma coerente para que os conhecimentos transmitidos por ele, sejam bem concedidos pelos discentes e consequentemente transmitidos em novos conceitos que permitirão a autonomia da construção de novos conhecimentos que os tornarão autores de suas decisões na sociedade.
    Avaliar a aprendizagem do aluno com foco no desenvolvimento de competências é na verdade, usar instrumentos que possam fornecer indicadores dos recursos que seja desenvolvidos pelos os alunos.
    O professor poderá, assim, avaliar em qual recurso precisará de novas estratégias para melhorar a aprendizagem.
    O papel do professor portanto é o do planejamento, seleciona e organizar os conteúdos incentivar os alunos, ou seja, criar condições de estudo dentro da sala, incentivar os alunos, ou seja, o professor dirige as atividades de aprendizagem alunos afim de que estes se tornem sujeitos ativos da própria aprendizagem.

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  4. Hoje os professores devem estar bastante atentos, pois encontramos alunos em várias fases de aprendizagem. Um é mais rápido e o outro leva mais tempo para obter a aprendizagem.
    O ponto de partida é a sondagem, com isso podemos saber o quanto eles tem de conhecimento adquirido pela vivencia.
    O professor tem o papel de elevar a auto-estima, mostrando a eles que com força de vontade e dedicação vão crescer como pessoa e como bom profissional. O professor é no momento um referencial para os alunos, podemos e devemos sempre incentivá-los.
    O professor e os alunos hoje aprendem e resolvem as dificuldades juntos.
    Dirce Hiroko Taira - Arte

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  5. Segundo a Profª Ma Fabiola Angarten Felix em seu artigo sobre competência e habilidades dos professores, é apontado que as transformações que a sociedade passa, diz respeito à criação de uma nova cultura que apresentam mudanças nas formas de produção e apropriação dos saberes.

    Partindo deste intento, os professores ingressantes e os ingressos tomam como responsabilidade a mediação e a construção do processo de conceituação apropriado para os alunos, sempre buscando a promoção da aprendizagem e desenvolvendo habilidades importantes para que eles participem da sociedade. Desse modo, a prática de decorar conteúdos, passa a ser substituída pela aquisição de grandes competências

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  6. Percebo, a partir da leitura da resolução70/2010, que parte essencial para um bom rendimento do trabalho do professor é sua organização dentro e fora do espaço escolar, ou seja, o professor deve se organizar ao preparar a aula levando em conta o publico com quem ele trabalha, o ritmo de aprendizagem de cada aluno e até a disposição dos alunos dentro da sala. Durante a ação de organizar seu processo docente o educador também deve está atento tanto as novas tecnologias, quanto a realidade em que vive o aluno, para que desse modo ele possa criar situações de aprendizagem adequadas, pois não adianta exigir que o aluno decore determinado conteúdo sem que antes esse aluno tenha conhecimento do que se pretende com aquilo, ou sem que ele tenha ciência da situação em que ele poderá usar aquele conhecimento.
    Também fica claro para mim, que o professor é uma referência para o aluno e que deste modo cabe a ele proporcionar atividades que tenha o objetivo de trabalhar a auto-estima deles, pois um individuo só torna-se consciente de suas ações e um cidadão critico que pode e deve intervir em sua sociedade a partir do momento em que ele acredita em si mesmo.

    Francisco Heraldo
    Professor: Língua Portuguesa/Literatura

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  7. Acredito que a escola no âmbito geral esta passando por uma serie crises ideológicas, quanto ao lidar com os problemas de analfabetismos, dificuldade de aprendizagem e distúrbios de aprendizagem:
    A taxa de analfabetismo entre pessoas com 15 anos ou mais no Brasil é 8,6%, totalizando 12,9 milhões de brasileiros, de acordo com dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad) 2011. Para cumprir o compromisso assumido no Acordo de Dacar (Senegal), o Brasil deve chegar a 2015 com taxa de analfabetismo de 6,7%.
    O Índice de Desenvolvimento da Educação do Estado de São Paulo (Idesp) apontou que, em 34 das 98 escolas de Campinas(SP), mais de 40% dos alunos do terceiro ano têm nível de conhecimento abaixo do básico no ensino de matemática. Já em língua portuguesa, um a cada quatro estudantes não sabe o básico. A prova foi aplicada em 2011, mas os resultados saíram esta semana.
    Essa situação pode mudar, pelo fato de as crianças brasileiras estarem ingressando mais cedo na escola, o que permite evidenciar a dificuldade escolar já na pré-escola. Os problemas relacionados à leitura e escrita atingem, de forma severa, de 2% a 10% das crianças em idade escolar (Capovilla & Capovilla, 2004; Ciasca, 2003). Segundo Dockrell e Mcshane (2000), entre as dificuldades específicas de aprendizagem, a de leitura parece ser a mais preocupante, uma vez que possibilita o acesso a uma variedade de informações. Exige a decodificação de símbolos e a compreensão envolvendo, entre outras habilidades, a percepção e a memória. Para os autores, a dificuldade de aprender a ler nos primeiros anos escolares prejudica o domínio de conhecimentos acadêmicos.
    O distúrbio de aprendizagem é uma expressão genérica que se refere a um grupo heterogêneo de alterações manifestadas por dificuldades significativas na aquisição e no uso da fala, leitura, escrita raciocínio ou habilidades matemáticas. Essas alterações são intrínsecas ao indivíduo e ocorrem devido à disfunção do Sistema Nervoso Central (SNC)1.
    Observado três situações ligadas as questões sociais, médica e estrutural, podemos dizer que são fatores ligados diretamente na atuação dos professores na sala de aula, enfim, discussões que levariam tempo para análise crítica, profundas e teóricas para chegarmos a um bom senso.
    Porem, estão ligados diretamente as competências do professor: comprometimento, preparo, organização, tolerância, inovação, entusiasmo, entre outras.
    Enfim, contudo quero acrescentar que a Adaptação Curricular, permeia em nossa atuação para atenuar a nossa prática no dia a dia, pois lidar com uma sala de aula heterogêneo considerando fatores acima citado, desestrutura o grupo e desestimula toda a ação do professor.
    Como sugestão, o próximo tópico a ser discutido no blog: Adaptação Curricular e ação pedagógica diante as dificuldades.

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  8. Em todas as profissões, precisa-se ser polivalente, mas como professor é bem mais exigido, se organizando melhor em todos os aspectos, analisando com quem ele estará trabalhando em sala de aula, qual será seu público, para se alcançar êxito. A palavra REFLEXÃO que vem do latim" REFLECTERE "inclui ou seja abre um leque de idéias, para serem discutidas, para o sucesso profissional, claro que sentando, pensando analisando os fatos e SEMPRE se atualizando com o mundo cotidiano.
    Marcos Antonio - História -Ensino Fundamental

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