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terça-feira, 1 de abril de 2014

Conflitos na Escola - Como mediar?

Pais reclamam de brigas constantes entre alunos de escola em Cruzeiro

04/09/2013
Fonte: http://g1.globo.com/sp/vale-do-paraiba-regiao/noticia/2013/09/pais-reclamam-de-brigas-constantes-entre-alunos-de-escola-em-cruzeiro.html

Uma criança de dez anos quase perdeu as pontas dos dedos na tentativa de apartar uma briga na escola estadual Major Hermógenes, em Cruzeiro, SP.  O caso, que ocorreu no fim de agosto, é um dos exemplos citados por pais e professores da escola, que reclamam da violência e as constantes brigas entre os alunos na instituição de ensino. Os responsáveis pelos estudantes afirmam que faltam providências e atenção para os problemas escolares.
De acordo com o pai do aluno, Eduardo Alves, o filho tentava acabar com uma briga entre estudantes, quando a inspetora de alunos teria fechado a porta sem querer nos dedos dele. Ele perdeu as unhas e teve que dar pontos no ferimento. Ao invés de encaminhar o menino para o pronto-atendimento, a diretora mandou chamar o pai.

"Por pouco ele não perdeu a ponta dos dedos. Acho que a prioridade seria o socorro para ele e depois entrar em contato com os pais de uma maneira mais tranquila para que os pais não ficassem tão nervosos como eu fiquei. A indignação maior por parte da escola que ainda não se manifestou em nada", afirma Eduardo Alves.
O filho de Eliete Adriano também se envolveu em uma briga e sofreu agressões no rosto. Ele ficou com hematomas e inchaço em um dos olhos. "Foi na hora do recreio, um dos alunos bateu nele. Tem a filmagem da escola, mas cortaram a filmagem. O que mostraram para mim foi só o momento que meu menino caiu no chão, mas quando ele foi agredido antes, ninguém fez nada", reclama.
A professora Sandra Nogueira, inconformada com a falta de medidas disciplinares da direção, acionou o Ministério Público da cidade. Na representação, ela denuncia ocorrências de agressões e uso de drogas dentro da escola e pede que os fatos sejam apurados. O pedido foi protocolado em novembro de 2012 e a promotoria instaurou um procedimento preparatório de inquérito.
"Adolescente precisa de medidas, precisa conversar com todos eles, orientar, educar, ensinar, mas não há isso lá (na escola). Nem sempre há punição, há uma tendência de se calar diante de tudo. A diretoria de ensino deveria intervir nisso para ajudar a resolver a situação. Eu não quero mais, eu estou cansada de ver meus alunos serem feridos, agredidos e nada acontecer", afirmou a professora.
As brigas na escola também foram levadas ao conhecimento da diretora de ensino regional, em Guaratinguetá. Três requerimentos solicitando a apuração dos fatos foram feitos, mas todos os pedidos foram arquivados.
A reportagem da TV Vanguarda procurou o Ministério Público, mas o promotor responsável pelo caso não estava e ninguém soube informar como está o inquérito. A diretora da escola Major Hermógenes não quis falar sobre o assunto, mas por telefone disse à produção da TV Vanguarda que as brigas entre estudantes são corriqueiras e que não há violência na instituição de ensino.
A dirigente regional de ensino, Ângela Escobar Baesso, negou a informação dada pela direção da escola de que as brigas são comuns. "Não é corriqueiro (briga na escola). São fatos isolados e lamentáveis. Sobre o caso do menino com hematoma no rosto, nós abrimos o processo de apuração preliminar, foi resolvido e está sendo encaminhado à Casa Civil em São Paulo", afirmou.
A dirigente afirmou também que a escola conta com uma professora mediadora e que ela atua na solução de conflitos. Sobre o caso do filho de Eduardo Alves, ela disse que o caso será apurado.
"Fizemos uma reunião com a diretora e a funcionária envolvida nesse acidente lastimável do menino que teve o dedo com a unha cortada. Abrimos procedimento para apurar os fatos e tomar as medidas cabíveis. (Sobre o atendimento) os primeiros socorros foram dados. O enfermeiro deu um socorro de apenas limpar o local, porque a gente não tem autorização para mexer e fazer socorro. Tem que estar com o responsável para levar ao pronto-atendimento", justificou.

Infelizmente o número de conflitos internos na escola só cresce. É uma violência geral. Agressões físicas, verbais, entre alunos, alunos x professores, alunos x funcionários, funcionários x funcionários. 
Diante disso, como nós educadores podemos agir para evitar que conflitos como esse relatado acima aconteçam e impeçam o andamento do nosso trabalho. Como mediar tantos conflitos numa sociedade que prefere resolver tudo por meio da Agressão?
Já sabemos que existe o ROE, que é uma das primeiras providências a serem tomadas, juntamente com a convocação dos responsáveis. Depois disso, como prosseguir? registre sua reflexão nos comentários.





14 comentários:

  1. Quando o assunto é indisciplina dos alunos e atitudes de rebeldia e agressões, há a necessidade de mudanças paradigmáticas profundas na escola enquanto comunidade. A postura tradicional de onipotência por parte do educador, mesmo quando se coloca para ajudar o outro (o qual é visto como impotente e incapaz de resolver seus problemas), é um modelo inadequado para alcançar soluções. Entender os motivos, os porquês que estão por detrás de cada fala, do que as pessoas dizem, é a chave na resolução dos conflitos. O respeito, a responsabilidade e a cooperação são fundamentais. Na mediação de conflitos dentro da unidade escolar o professor não pode ser o protagonista, deve considerar que não está sozinho nesse processo, e por essa razão deve trabalhar em equipe.
    A negociação e o diálogo são vitais para entender o porquê. Faz-se necessário neste novo paradigma compreender primeiro e não apenas penalizar, saber escutar as razões. O conceito de culpa deve ser mudado para o paradigma do conceito de responsabilidade. Em mediação escolar não há culpa, há uma co-responsabilidade. Quando há responsabilidade há reparação, pois a culpa não resolve nada, apenas paralisa e exclui. A co-responsabilidade leva à reparação por meio da ação do que foi feito. Culpa ou castigo envolve exclusão e rótulos, a responsabilidade não.
    Para tentar resolvermos a escola poderia:
    Criar estratégia de circulo de qualidade o que talvez nós chamaríamos ( com ressalvas) de assembléia, consistem em promover a identificação, analise e resolução de problemas comuns.
    Estratégia de Mediação de conflitos, que consiste na mediação de mediadores de conflitos seja pais, alunos ou professores que atuarão nos momentos da crise.
    Ajuda entre iguais que consiste na formação de um grupo de crianças ou adolescentes que atuem como conselheiros e ajudem a outras crianças e adolescentes que sofrem agressões e acolhendo-os em suas dificuldades.
    Estratégias de intervenção social, que partem da descoberta da estrutura do grupo e realizem um plano de intervenções sociais, que busca que sejam os próprios agressores os que acabem por ajudar a vitima antes de ser atacada. Para isso, são realizadas reunião individuais com cada um dos membros.







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  2. Os conflitos nas unidades escolares existem, pois a escola é um espelho de uma sociedade em conflito. Devemos ter consciência, antes de tudo, de que o conflito no âmbito social é uma coisa inerente à condição humana. Basta olharmos a história das civilizações e perceberemos que as sociedades constroem suas identidades através do conflito. O problema do conflito é quando este se sobrepõe à ética, pois a ética deve ser base primeira de toda resolução de qualquer conflito.... quando a ética é deixada de lado surgem as guerras criadas pelos mais diversos conflitos. Então, surge aqui uma questão - se o conflito faz parte da condição humana, como criar condições para que o conflito humano e social só se dê no campo das ideias e não no campo físico ou verbal com palavras inapropriadas? Como já antes disse, o conflito é condição humana, porém este mesmo conflito pode ser de grande valia quando o mesmo é direcionado pela ética.... creio que o professor para mediar qualquer situação de conflito deve, antes de tudo, ser um profissional ético... nesta questão da mediação de conflitos, o professor deve fazer a si mesmo as seguintes questões: como é que eu, professor, posso cobrar respeito do aluno se eu não o respeito como ser humano? Como é que eu vou cobrar do aluno que não use palavras inapropriadas e humilhantes se eu na sala de aula humilho meus alunos desmerecendo muitas vezes até a sua condição social? Como vou dar um "sermão" ao meu aluno sobre saúde se não tenho hábitos saudáveis? Aí está o cerne da questão, professores "blindados" contra os conflitos são aqueles que professam e vivem o que professam - por isso mesmo o profissional da educação é chamado de "professor", ou seja, aquele que professa um dogma, um credo ou um conteúdo... Concluindo, mediar conflitos vai além de ter uma oratória bela ou moralista em sala de aula.... mediar conflitos significa fazer-se respeitado pelos educandos.... quando mostro para o aluno que levo a sério a minha profissão e por isso meu aluno deve ser respeitoso em sala de aula, estou mediando conflitos; quando coloco regras claras em sala de aula e explico que os meus alunos devem seguir estas regras, pois eu também devo seguir regras na escola, pois faço parte de uma instituição, eu estou mediando conflitos; quando demonstro para o meu aluno que minha "bronca" e minha intervenção na indisciplina de alguns é para o bem da coletividade, estou também deste modo mediando conflitos.... então é isso.... obrigado....

    Cristiano Lima
    Professor/Tradutor

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  3. Infelizmente, a violência de uma forma mais agressiva entrou para dentro da escola. No meu tempo de aluno (que não faz muito tempo) o caso de violência mais grave era empurrões e agressões verbais, mesmo em uma sociedade já voltada para atitudes mais graves.
    Independente se são corriqueiros ou não (como é o caso) da escola em Cruzeiro SP, acredito que tanto a direção da escola como as autoridades precisam agir com mais pulso, com PUNIÇÕES severas para conter a violência dentro da escola. O professor Cristiano citou muito bem quando disse "que dar um sermão se não tenho hábitos saudáveis" é claro que os problemas familiares interferem na vida do aluno, mas isso não pode contaminar os outros alunos da escola.
    Sei que minha opinião não agrada a muitos professores, mas VIOLÊNCIA tem que ser tratada em esferas que não ficam só dentro da escola, que é o local de aprendizagem de coisas boas. Mesmo nas escolas com professores mediadores, o que podemos fazer é conscientizar os alunos que violência não leva a nada e mostrar através de textos, filmes e até entrevistas de fatos reais dos resultados negativos que acontecem.

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  4. A primeira atitude é a organização na U.E. , cada um tem que cumprir seu papel com responsabilidade, coisa que não ocorre. A direção tem que estar ciente do andamento de toda a equipe escolar. Há um regulamento interno onde é apresentado aos pais ,alunos e equipe escolar. Que a U.E. utilize desse recurso, os coloque em pratica quando necessário. Em seguida temos que conhecer melhor nossa clientela, conversar com eles e saber o que eles pensam quanto o que lhe representa a escola. Trazer a comunidades para participar da educação dos filhos. Ao pais tem uma grande responsabilidade para com seus filhos, sua participação junto e escola os deixa mais tranquilo, direcionando o filho a aprendizagem. Um futuro cidadão de bem.
    Nossa função como educadores é elevar a autoestima dos alunos , eles se conhecerem melhor e encontrar em si um talento, um sonho, um futuro melhor. O estudo é muito importante para obter um futuro melhor como pessoa e como profissional. A aprendizagem é mútua, todos saem realizados dessa troca alunos, pais e equipe escolar.
    Dirce Hiroko Taira - ARTE

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  5. Assim como já foi dito por alguns colegas, é fato que a violência está presente em todas as esferas da sociedade, porém a meu ver o grande problema que encontramos, quando analisamos a violência nas escolas, é a impunidade.
    O professor, junto com os pais, deve sim mediar o conflito orientando os alunos de que a liberdade de um acaba quando começa a do outro e que eles devem sim se respeitar, evitar atitudes hostis, brincadeiras agressivas e o bullying. No entanto, também é fundamental que a direção tenha uma postura colaborativa e participativa, ou seja, caso um aluno mesmo com as orientações, apresente atitudes agressivas ele deve ser punido de alguma forma, pois ao ver que os professores e a direção não aceitam atos agressivos, punindo quem os fizer, os alunos pensarão antes de agir violentamente. Do contrário, se não houver qualquer punição, o sentimento de impunidade virá a tona e novas atitudes agressivas surgirão.

    Francisco Heraldo
    Professor Português/Literatura

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  6. A função de um mediador e uma pessoa independente e imparcial que não decide, não sugere soluções e não presta assessoria jurídica nem técnica.
    O Mediador tem como principal função a facilitação da comunicação entre os mediados. Esta facilitação é feita através de técnicas próprias da mediação.
    Entretanto para conflitos escolares este cargo varia de escola para escola ou de secretaria para secretaria. este novo paradigma compreender primeiro e não apenas penalizar, saber escutar as razões. O conceito de culpa deve ser mudado para o paradigma do conceito de responsabilidade. Em mediação escolar não há culpa, há uma co-responsabilidade.
    Na mediação de conflitos dentro da unidade escolar o professor não pode ser o protagonista, deve considerar que não está sozinho nesse processo, e por essa razão deve trabalhar em equipe.

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  7. Mensagem encaminhada pelo professor Matias:
    "Segue comentário sobre conflito nas escolas.
    Nao consegui publicar la no local.

    Por favor veja se pode ajudar. Obrigado, agradeço muito.
    Matias 23:15"

    Comentário sobre conflitos nas escolas.

    Inegavelmente que a violência vem crescendo em todas as áreas da sociedade e nas escolas não é diferente.
    Trata-se de uma agressividade gratuita quer seja verbal ou até mesmo fisica entre colegas, aluno professor, aluno funcionário. Isso acontece em um nível desenfreado o que mostra tamanha rebeldia dos jovens.
    Para reverter esse quadro dos nossos jovens, a escola necessitamos de uma parceria cada vez maior com as famílias ou responsáveis, convidando-os a participar ativamente nas atividades escolares, maior acompanhamento nos afazeres escolares dos seus filhos, orientar no sentido de criar um vínculo com sua escola, zelar pelo o patrimônio, ser criativo.
    Penso que uma ferramenta valiosa que nós dispomos são os familiares, eles devem estarem atentos no apoio comparecendo nas reuniões semanais, sempre as segundas feiras as 20hs00 com a direção escolar.
    Assim contamos em reduzir os índices de violência, formar o aluno em cidadãos mais colaborativo, preocupado com outro, e ainda preocupado com o meio ambiente.

    Audisio Matias Barboza
    Professor de Matemática.

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  8. Desde o início de uma história, nos ensinaram que a escola é cercada de respeito, pertencimento e sacralidade. Portanto, é fundamental que todos os envolvidos (professores, gestores e funcionários) estabeleçam com os alunos, quais são as regras de convivência e conduta no âmbito escolar para que os processos educativos da escola, sejam garantidos. A sequência de episódios violentos envolvendo o espaço escolar, não deixa dúvidas do caos em que nos encontramos. Os acontecimentos se repetem quase que diariamente.
    Embora os conflitos dentro da escola sejam entendidos pelo sistema ou pelos protagonistas da ação, como algo a ser evitado a todo custo, estão sempre presentes, advindo de diversos fatores. É muito fácil julgarmos que somente o aluno seja o culpado. Quando o conflito se inicia (geralmente dentro da sala de aula) o professor é o primeiro a intervir. Broncas, sermões, conselhos, orientações... são algumas das coisas mais corriqueiras. Pensando que isso possa resolver o problema.
    Mas como mediar um conflito diante de uma turma que eu desconheço? Como mediar um conflito de alunos que não tem pais ou mães presentes em suas vidas? Que vivem com os avós? Ou com os tios? Ou ainda, que vivem (ou vieram) de abrigos? Como mediar um grupo de alunos se desconheço suas origens, sua história de vida, a dor que carregam dentro de si? Como mediar conflitos de alunos que estão se perdendo no “mundo das drogas”?
    É muito fácil julgarmos esses alunos.
    Enquanto educadores e gestores, nós também erramos. Erramos no momento em que adentramos uma sala de aula e não damos a esses alunos, a oportunidade de se apresentarem, de expor suas idéias, seus sonhos e expectativas. Erramos quando humilhamos um aluno porque somos superiores a eles. Erramos quando faltamos com respeito a essa criança advinda de uma comunidade carente e condições de vida, escassas. Temos a obrigação de conhecer nossas crianças se quisermos orientar e ajudá-los de alguma forma. Aceitar que aquele aluno que não sabe ler e escrever, sente vergonha em se expor diante dos colegas e isso gera mais um conflito. É comum mediarmos um conflito onde se encoraja o adolescente a respeitar as diferenças do outro e praticar a tolerância.
    Infelizmente, nos dias atuais a escola tem perdido valor, profanada (como bem disse o Prof. Cristiano) diante dos olhos dos nossos jovens estudantes.
    Nem sempre o professor consegue mediar os conflitos. Fica para a gestão escolar fazer a intervenção imediata de modo a impedir uma progressão na conduta do aluno que vai se tornando cada vez mais grave e reprovável. A parceria entre todos os envolvidos da escola juntamente com a família ainda é algo que pode dar certo e possibilitar a essas crianças um futuro digno, uma vez que os responsáveis passariam a acompanhar ainda mais de perto a evolução e aprendizado dos alunos.

    Hebe R. Silva
    Professora de Ciências.

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  9. Este comentário foi removido pelo autor.

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  10. A violência é um problema social que está presente nas ações dentro das escolas, e se manifesta de diversas formas entre todos os envolvidos no processo educativo. Isso não deveria acontecer, pois escola é lugar de formação da ética e da moral dos sujeitos ali inseridos, sejam eles alunos, professores ou demais funcionários.
    Além disso, a violência estampada nas ruas das cidades, a violência doméstica, os latrocínios, os contrabandos, os crimes diversos têm levado jovens a perder a credibilidade quanto a uma sociedade justa e igualitária, capaz de promover o desenvolvimento social em iguais condições para todos, tornando-os violentos, conforme esses modelos sociais.
    O grande problema é que a violência tem se tornado em proporções inaceitáveis. Nós professores estamos angustiados, com medo, nunca se sabe o que pode acontecer no cotidiano escolar; os pais, preocupados. Não é raro os jornais noticiarem situações de violência nas escolas, as mais perversas.
    Não quero dizer com isso que antes não existia violência. Existia sim, e muita. “Desde que o mundo é mundo, há violência entre os jovens”. Todos os diferentes, para o bem ou para o mal, são vítimas em potencial na escola, há muito tempo. Brigas, agressões físicas, enfim, sempre existiram.
    O que não existia antes e, que hoje tornou comum é que os jovens depredam a escola, quebram os ventiladores, portas, vidros, enfim, tudo que é possível destruir, eles destroem. Antes, não se riscava, não murchava ou cortava o pneu do carro do professor. Agredir fisicamente ou fazer ameaças, nem pensar. Não se levava revolver e faca e não se consumia drogas e álcool no interior das escolas. Enfim, são muitos os relatos de violência extrema no interior das escolas.
    Levar esse tema para a sala de aula desde as séries iniciais é uma forma de trabalhar com um tema controverso e presente em nossas vidas, oportunizando momentos de reflexão que auxiliarão na transformação social.

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    1. Muito boa a resposta do colega Renato, nosso papel como professor é tentar resolver esses problemas, pois não somos culpados se existem agressões entre os alunos e as vezes alunos agredindo professores, senão estaremos deixando de ser professores para sermos conciliadores. Em todos os casos ajudas externas são bem vindas.

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  11. A mediação é um processo de ajuda em situação de conflitos e desavenças, de ordem passageira, porém sua efetivação, na cultura escolar, requer uma intervenção pontual, a serviço de conflitos que não se resolvam espontaneamente. Assim seu papel é prevenir que tais conflitos cresçam e transformem-se em atos de violência. Isso acontece na medida em que são disponibilizados aos agentes do conflito momentos e locais adequados para, com auxilio do mediador, buscarem por meio do diálogo e do respeito uma solução plausível às necessidades dos envolvidos. Faz-se necessário que a mediação seja feita não somente quando a crise e atos de violência já estão instaurados, mais sim procurando sempre se antecipar aos fatos. Deste modo acredito que a mediação poderá contribuir para o desenvolvimento e crescimento do ensino com uma melhor qualidade.

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  12. A violência no convívio escolar é uma triste realidade que atinge a todos de um modo geral. Pois nos causa mal estar ao presenciarmos ou sabermos de conflitos ocorridos normalmente por intolerância e desrespeito em relação ao próximo. Acredito que raiz desses conflitos é fruto de uma realidade que muitos dos alunos trazem de fora, de outros ambientes, começando muitas vezes pelo próprio lar.
    Sendo a família a base para a formação do individuo, logo cabe a ela a responsabilidade de orientar encaminha-lo para as diversas formas de convivência. Se na família não há boas referencias de respeito, responsabilidade, afeto, direitos, deveres, tolerância, etc. Isso ira refletir no âmbito escolar gerando conflitos desgastantes que afetam a todos direta e indiretamente e assim sendo a escola permanece de mãos atadas. Pois apesar de orientar e conduzir os alunos em vários aspectos de sua formação é, porém dever da família educar para a vida, para regras básicas de convivência, de respeito e valores que se aprende desde cedo no seio da família.

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  13. A indisciplina, dizem educadores de todo o país, é o maior problema da sala de aula - e da escola. Porém essa realidade (apontada em pesquisa feita pela Fundação Victor Civita e pelo Ibope com 500 professores) está longe de ser a verdadeira responsável pela dificuldade de ensinar: o que, de fato, impede o trabalho docente é a falta de adequação do processo de ensino. É isso que mostra a reportagem de capa de NOVA ESCOLA de outubro. A revista traz ainda o projeto institucional Repensar a Indisciplina, com consultoria de Ana Aragão, professora da Faculdade de Educação da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp).

    Partindo do princípio de que as estratégias de repressão usadas por muitas escolas são pontuais, imediatistas e ineficazes, a revista aponta soluções para encarar o problema. Longe de ser um manual, esses passos são o ponto de partida para um trabalho que requer o envolvimento de toda a equipe. Confira um resumo das recomendações dos especialistas consultados por NOVA ESCOLA.

    Distinguir as regras
    A indisciplina é a transgressão de dois tipos de regra: as de natureza moral (baseadas em princípios éticos, que visam o bem comum, e por isso valem para todas as instituições e para qualquer situação, como não bater, não xingar e não mentir) e as convencionais (que variam de escola para escola, como as que se referem ao uso de celular, uniforme e boné). Com frequência, os regimentos escolares erram ao colocar essas duas situações em um mesmo patamar. É importante distingui-las para entender melhor a indisciplina e lidar com ela.

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