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segunda-feira, 28 de abril de 2014

O Buraco no Muro - uma experiência que faz refletir

Assisti esse vídeo há mais ou menos três anos. Essa semana a Raquel me fez lembrar dele e da reflexão que fiz na época em que o assisti.
Fiquei pensando na inclusão digital na escola, a forma como é feito, a aceitação das Tic's (Novas tecnologias), o "como" é trabalhado por cada um. Já falamos desse assunto por aqui, mas vale retomar essa discussão, pois o tema não se esgota, há sempre algo a pensar e dizer.
Ao assistir esse vídeo novamente, fiquei pensando como poderia fazer um link dessa situação para a nossa realidade: o que poderia ser nosso "Buraco no muro"? O que é o buraco no muro dos nossos alunos?
A abordagem das tecnologias faz voltar novamente na inclusão digital, o que é importante, mas não é o único fator preocupante. Como esses jovens lidarão com essas informações? Com esse mundo "fast"? Até quando esse buraco no muro será apenas um buraco?
Na última postagem sobre o tema, a Professora Cristiane me chamou atenção com seu comentário que dizia: "a preparação do jovem deve ser global, no que se refere ao desenvolvimento de suas atividades para enfrentar o mundo que o cerca, sendo a tecnologia uma poderosa ferramenta para que ele cresça, se desenvolva e tenha êxito nos vários seguimentos de sua vida."

Vamos assistir ao vídeo "O buraco no muro" e estabelecer uma relação com esse comentário. Expressem o que sentiram ao assistirem ao vídeo. Tentem refletir sobre as questões abordadas acima.





terça-feira, 22 de abril de 2014

Ainda sobre a leitura...

Continuando nossa discussão sobre a Leitura, registraremos relatos de experiências envolvendo leitura.

Amanhã, dia 23 de Abril, comemora-se o dia Mundial do Livro! Lembre esse dia com seus alunos, faça relatos de sua experiência como leitor, relatos como os que compartilharam aqui no Blog.
Foram feitos relatos ótimos na semana anterior, experiências que valem ser compartilhadas, pois é compartilhando experiências como essas para os alunos, que poderemos inspirá-los a serem leitores.


Antes de me entender como cidadã, entendo-me como leitora. A leitura SEMPRE  fez parte da minha vida. Eu já devorava livros antes mesmo de aprender a ler, identifico-me muito com o personagem Zezé, do livro "O Meu Pé de Laranja Lima", que aprendeu a ler muito cedo. A propósito, esse livro povoou minha infância, lia, relia e chorava a cada nova leitura. Minha infância foi recheada de leituras. A cada semana levava para casa aqueles livros enormes de contos de fadas, depois vieram os livros das Coleções Girassol, Salve-se quem puder, livros do Sidney Sheldon, autores clássicos da literatura brasileira, norte americana e inglesa. A leitura me acompanhou na adolescência, levou-me ao Curso de Letras, e me acompanha até hoje em sala de aula, quando leio para meu alunos, passando para eles minha paixão como leitora, quando tento plantar a sementinha em cada um, lendo, incentivando e levando-os a trilhar o caminho que trilhei. 
Como professora, sei que é impossível "contaminar" a totalidade, mesmo assim continuo o trabalho, pois percebo que uma minoria escuta o que falo, alguns hábitos mudam, isso vale muito, emociona e me dá mais força para continuar o trabalho. Já me emocionei muito em sala de aula com experiências de leitura, experiências que serão inesquecíveis, que sempre que posso, faço questão de compartilhar.


E você, Professor? 
Qual é sua história com a leitura?
Como Aluno, como Cidadão e como Professor?
Fique à vontade para registrar uma experiência em cada perfil, uma experiência que tenha marcado sua história como leitor. seja leitor-aluno, leitor-cidadão ou leitor-professor. Conte também uma experiência com a leitura em sala de aula.

terça-feira, 15 de abril de 2014

Agora é a sua Vez!

Após ler a matéria sobre leitura e os desafios existentes nesse contexto, reflita sobre sua prática e registre:

  • Quais ações você pode elencar para essa semana de incentivo à leitura nas suas aulas?
  • Como você trabalha a leitura em parceria com outras disciplinas?
  • Como você incentiva a leitura em sala de aula?
  • Aproveite e fale um pouco sobre o seu perfil como leitor. Você passa esse perfil para seus alunos? Como desenvolve esse trabalho?

Lembre-se: a tarefa de incentivar a leitura não fica restrita apenas aos professores de Língua Portuguesa, todas as disciplinas devem promover o hábito de leitura, pois essa é fundamental em todos os campos da vida, é uma competência essencial para a vida, que ultrapassa os muros da escola.

segunda-feira, 14 de abril de 2014

Leitura e compreensão: desafio e tarefa de todas as disciplinas

A Escola que Lê promoverá entre os dias 17 e 23 de abril, a semana de incentivo à leitura, atendendo ao Projeto de lei nº 346/05, Artigo 1º - que institui no Estado de São Paulo, a “Semana de Incentivo à Leitura”, a ser comemorada, anualmente, no mês de abril, entre os dias 17 e 23, período que abrange 22 de abril, data em que se celebra o Dia Mundial do Livro.
Como aquecimento para essa semana, traremos para nossa discussão uma matéria publicada na Revista Nova Escola sobre o desafio de ler e compreender em todas as disciplinas.

O desafio de ler e compreender em todas as disciplinas

Levar os alunos a entender tudo o que leem exige explorar diferentes gêneros e procedimentos de estudo. Para ser bem-sucedido na tarefa, é necessário o envolvimento dos professores de todas as disciplinas


No Brasil, um em cada dez brasileiros com 15 anos ou mais não sabe ler e escrever. Uma vergonha que encobre outras realidades não tão evidentes, mas igualmente dramáticas. Como o fato de que dois terços da população entre 15 e 64 anos é incapaz de entender textos longos, localizar informações específicas, sintetizar a ideia principal ou comparar dois escritos. O problema não é reflexo apenas de baixa escolarização: segundo dados do Instituto Paulo Montenegro, ligado ao Ibope, mesmo considerando a faixa de pessoas que cursaram de 5ª a 8ª série, apenas um quarto delas é plenamente alfabetizado. A conclusão é que, na escola, os alunos aprendem a ler - mas não compreendem o que leem. 

É preciso virar esse jogo. Num mundo como o atual, em que os textos estão por toda a parte, entender o que se lê é uma necessidade para poder participar plenamente da vida social. Professores como você têm um papel fundamental nessa tarefa (leia o infográfico abaixo). Independentemente de seu campo de atuação, você pode ajudar os alunos a ler e compreender diferentes tipos de texto, incentivando-os a explorar cada um deles. Pode ensiná-los a fazer anotações, resumos, comentários, facilitando a tarefa da interpretação. Pode, enfim, encaminhá-los para a escrita, enriquecida pelos conhecimentos adquiridos na exploração de livros, revistas, jornais, filmes, obras de arte e manifestações culturais e esportivas.

O primeiro passo é firmar um compromisso: ensinar a ler é tarefa de todas as disciplinas, não apenas de Língua Portuguesa. Em todas as áreas, há aproximações possíveis com o tema. "Um professor de História deve ensinar que muitos textos da área têm uma estrutura cronológica e que é necessário identificá-la para entender a informação. O de Ciências precisa discutir como ler as instruções de experiências e ensinar a produzir relatórios, e o de Matemática, a interpretar problemas. A alfabetização plena requer que os estudantes saibam compreender e produzir textos específicos das disciplinas", explica a pesquisadora espanhola Isabel Solé, uma das maiores autoridades do mundo quando o assunto é leitura.

Abaixo, reproduzimos trecho da entrevista da autora para a Revista Nova Escola:

  • O que a escola ensina sobre a leitura e o que deveria ensinar? 


ISABEL: Basicamente, a escola ensina a ler e não propõe tarefas para que os alunos pratiquem essa competência. Ainda não se acredita completamente na ideia de que isso deve ser feito não apenas no início da escolarização, mas num processo contínuo, para que eles deem conta dos textos imprescindíveis para realizar as novas exigências que vão surgindo ao longo do tempo. Considera-se que a leitura é uma habilidade que, uma vez adquirida pelos alunos, pode ser aplicada sem problemas a múltiplos textos. Muitas pesquisas, porém, mostram que isso não é verdade. 

  • Hoje em dia, o que significa ler com competência? 
ISABEL: Quando o objetivo é aprender, isso significa, em primeiro lugar, ler para poder se guiar num mundo em que há tanta informação que às vezes não sabemos nem por onde começar. Em segundo lugar, significa não ficar apenas no que dizem os textos, mas incorporar o que eles trazem para transformar nosso próprio conhecimento. Pode-se ler de forma superficial, mas também pode-se interrogar o texto, deixar que ele proponha novas dúvidas, questione ideias prévias e nos leve a pensar de outro modo. 


  • Ensinar a ler é uma tarefa de todas as disciplinas? 
ISABEL: Sim. Não apenas para aprender, mas também para pensar. A leitura não é só um meio de adquirir informação: ela também nos torna mais críticos e capazes de considerar diferentes perspectivas. Isso necessita de uma intervenção específica. Se eu, leitora experiente, leio um texto filosófico, provavelmente terei dificuldades, pois não estou familiarizada com esse material. É preciso planejar estratégias específicas para ensinar os alunos a lidar com as tarefas de leitura dentro de cada disciplina. 


  • Como os professores das diferentes áreas devem se articular entre si? 
ISABEL: O que aprendi em minhas conversas com professores é que os da área de línguas têm um papel importantíssimo para ajudar os alunos a melhorar a leitura e a composição de textos no campo de ação da própria língua e da literatura. Os responsáveis pelas demais disciplinas, por sua vez, podem lidar com textos mais específicos. Aliás, como assinalam muitos especialistas, quem leciona também deve aprender progressivamente a compreender e produzir os textos próprios de suas áreas. Em seguida, uma assembleia de professores ou a coordenação podem planejar que, digamos, o titular de História ensine a resumir textos como relatos, que o de Ciências ajude a produzir relatórios e a entender textos instrucionais e assim por diante. Outra proposta é, sempre que possível, trabalhar com enfoques mais globalizantes, com toda a equipe reforçando procedimentos de leitura e produção escrita. 


  • Como é possível motivar os alunos para a leitura? 
ISABEL: Uma boa forma de um docente fomentar a leitura é mostrar o gosto por ela - quer dizer, comentar sobre os livros preferidos, recomendar títulos, levar um exemplar para si mesmo quando as crianças forem à biblioteca. Os estudantes devem encontrar bons modelos de leitor na escola, especialmente aqueles que não possuem isso em casa. 


  • E como despertar o interesse para a leitura para aprender? 
ISABEL: O fundamental é que os alunos compreendam que, se estão envolvidos em um projeto de construção de conhecimento ou de busca e elaboração de informações, é para cobrir uma necessidade de saber. Muitas vezes, o problema é que que eles não sabem bem o que estão fazendo. Nesse caso, é natural que o grau de participação seja o mínimo necessário para cumprir a tarefa. Quando os objetivos de leitura são claros, é mais fácil estar disposto a consultar textos ou a procurar algo numa enciclopédia. 


  • De que forma as estratégias realizadas antes, durante e depois da leitura podem auxiliar a compreensão? 
ISABEL: Elas ajudam o estudante a utilizar o conhecimento prévio, a realizar inferências para interpretar o texto, a identificar as coisas que não entende e esclarecê-las para que possa retrabalhar a informação encontrada por meio de sublinhados e anotações ou num pequeno resumo, por exemplo. 

Para conhecer mais sobre o assunto dessa entrevista, leia o livro: Estratégias de Leitura, de Isabel Sodré. Resenha disponível aqui.

Referências Bibliográficas:

http://revistaescola.abril.com.br/formacao/formacao-continuada/desafio-ler-compreender-todas-disciplinas-525311.shtml (acesso em 14/04/2014)
http://revistaescola.abril.com.br/avulsas/224-estante-classicodomes.shtml (acesso em 14/04/2014)

segunda-feira, 7 de abril de 2014

Educação: Transforme, curta, compartilhe

Essa semana nossa reflexão será feita tomando como ponto de partida o conteúdo do vídeo abaixo:


Vídeo produzido pelo Projeto "Ambientalização Curricular: Exercitando a Transversalidade", da ESALQ, dentro do âmbito do Programa Pró-Ensino da USP.

Após assistir ao vídeo, reflita: 

Como a escola pode ser um espaço que proporcione aos jovens a oportunidade de mudar o mundo por meio da educação e das novas tecnologias?

terça-feira, 1 de abril de 2014

Conflitos na Escola - Como mediar?

Pais reclamam de brigas constantes entre alunos de escola em Cruzeiro

04/09/2013
Fonte: http://g1.globo.com/sp/vale-do-paraiba-regiao/noticia/2013/09/pais-reclamam-de-brigas-constantes-entre-alunos-de-escola-em-cruzeiro.html

Uma criança de dez anos quase perdeu as pontas dos dedos na tentativa de apartar uma briga na escola estadual Major Hermógenes, em Cruzeiro, SP.  O caso, que ocorreu no fim de agosto, é um dos exemplos citados por pais e professores da escola, que reclamam da violência e as constantes brigas entre os alunos na instituição de ensino. Os responsáveis pelos estudantes afirmam que faltam providências e atenção para os problemas escolares.
De acordo com o pai do aluno, Eduardo Alves, o filho tentava acabar com uma briga entre estudantes, quando a inspetora de alunos teria fechado a porta sem querer nos dedos dele. Ele perdeu as unhas e teve que dar pontos no ferimento. Ao invés de encaminhar o menino para o pronto-atendimento, a diretora mandou chamar o pai.

"Por pouco ele não perdeu a ponta dos dedos. Acho que a prioridade seria o socorro para ele e depois entrar em contato com os pais de uma maneira mais tranquila para que os pais não ficassem tão nervosos como eu fiquei. A indignação maior por parte da escola que ainda não se manifestou em nada", afirma Eduardo Alves.
O filho de Eliete Adriano também se envolveu em uma briga e sofreu agressões no rosto. Ele ficou com hematomas e inchaço em um dos olhos. "Foi na hora do recreio, um dos alunos bateu nele. Tem a filmagem da escola, mas cortaram a filmagem. O que mostraram para mim foi só o momento que meu menino caiu no chão, mas quando ele foi agredido antes, ninguém fez nada", reclama.
A professora Sandra Nogueira, inconformada com a falta de medidas disciplinares da direção, acionou o Ministério Público da cidade. Na representação, ela denuncia ocorrências de agressões e uso de drogas dentro da escola e pede que os fatos sejam apurados. O pedido foi protocolado em novembro de 2012 e a promotoria instaurou um procedimento preparatório de inquérito.
"Adolescente precisa de medidas, precisa conversar com todos eles, orientar, educar, ensinar, mas não há isso lá (na escola). Nem sempre há punição, há uma tendência de se calar diante de tudo. A diretoria de ensino deveria intervir nisso para ajudar a resolver a situação. Eu não quero mais, eu estou cansada de ver meus alunos serem feridos, agredidos e nada acontecer", afirmou a professora.
As brigas na escola também foram levadas ao conhecimento da diretora de ensino regional, em Guaratinguetá. Três requerimentos solicitando a apuração dos fatos foram feitos, mas todos os pedidos foram arquivados.
A reportagem da TV Vanguarda procurou o Ministério Público, mas o promotor responsável pelo caso não estava e ninguém soube informar como está o inquérito. A diretora da escola Major Hermógenes não quis falar sobre o assunto, mas por telefone disse à produção da TV Vanguarda que as brigas entre estudantes são corriqueiras e que não há violência na instituição de ensino.
A dirigente regional de ensino, Ângela Escobar Baesso, negou a informação dada pela direção da escola de que as brigas são comuns. "Não é corriqueiro (briga na escola). São fatos isolados e lamentáveis. Sobre o caso do menino com hematoma no rosto, nós abrimos o processo de apuração preliminar, foi resolvido e está sendo encaminhado à Casa Civil em São Paulo", afirmou.
A dirigente afirmou também que a escola conta com uma professora mediadora e que ela atua na solução de conflitos. Sobre o caso do filho de Eduardo Alves, ela disse que o caso será apurado.
"Fizemos uma reunião com a diretora e a funcionária envolvida nesse acidente lastimável do menino que teve o dedo com a unha cortada. Abrimos procedimento para apurar os fatos e tomar as medidas cabíveis. (Sobre o atendimento) os primeiros socorros foram dados. O enfermeiro deu um socorro de apenas limpar o local, porque a gente não tem autorização para mexer e fazer socorro. Tem que estar com o responsável para levar ao pronto-atendimento", justificou.

Infelizmente o número de conflitos internos na escola só cresce. É uma violência geral. Agressões físicas, verbais, entre alunos, alunos x professores, alunos x funcionários, funcionários x funcionários. 
Diante disso, como nós educadores podemos agir para evitar que conflitos como esse relatado acima aconteçam e impeçam o andamento do nosso trabalho. Como mediar tantos conflitos numa sociedade que prefere resolver tudo por meio da Agressão?
Já sabemos que existe o ROE, que é uma das primeiras providências a serem tomadas, juntamente com a convocação dos responsáveis. Depois disso, como prosseguir? registre sua reflexão nos comentários.